Immagini della pagina
PDF
ePub

SONETO

Um mancebo no jogo se descóra,
Outro bebado passa noite e dia,
Um tolo pela valsa viveria,

Um passeia a cavallo, outro namora."

Um outro que uma sina má devora Faz das vidas alheias zombaria, Outro toma rapé, um outro espia.... Quantos moços perdidos vejo agora!

Oh! não prohibão pois ao meo retiro

Do pensamento ao merencorio luto
A fumaça gentil por que suspiro.

N'uma fumaça o canto d'alma escuto.... Um aroma balsamico respiro,

Oh! deixai-me fumar o meo charuto!

SONETO

Ao sol do meio dia eu vi dormindo
Na calçada da rua um marinheiro,
Roncava a todo o panno o tal bregeiro
Do vinho nos vapores se expandindo!

Alem um Hespanhol eu vi sorrindo
Saboreando um cigarro feiticeiro,
Enchia de fumaça o quarto inteiro.
Parecia de gosto se esvaindo!

Mais longe estava um pobretão caréca

De uma esquina lodosa no retiro

Enlevado tocando uma rabeca!

Venturosa indolencia! não deliro

Se morro de preguiça.... o mais é séca! D'esta vida o que mais vale um suspiro?

POR QUE MENTIAS?

Por que mentias leviana e bella?
Si minha face pallida sentias
Queimada pela febre, e se minha vida
Tu vias desmaiar, por que mentias?

Acordei da illusão, a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro....
Leviana sem dó, por que mentias?

Sabe Deos se te amei! sabem as noites Essa dor que alentei, que tu nutrias!

« IndietroContinua »